O Centro Poliesportivo Pinheirão, um estádio multiuso em Curitiba, Paraná, pertencia à Federação Paranaense de Futebol (FPF) até ser vendido em leilão judicial em 2012. Airton Cornelsen, o arquiteto responsável, concebeu o projeto do estádio em 1956, planejando uma capacidade inicial de 180 mil torcedores. Esse número o colocaria como o segundo maior estádio do Brasil, atrás apenas do antigo Maracanã, que comportava 200 mil espectadores. A proposta inicial previa sua construção onde hoje se encontra a Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba.
Início das Obras e Interrupções
Em 1968, o prefeito Omar Sabbag doou um terreno de 125 mil metros quadrados, em frente ao Jóquei Clube, no bairro Tarumã, para a construção do estádio. As obras começaram em 1972, com drenagem do solo e construção das primeiras arquibancadas, lideradas por José Milani, presidente da FPF na época. No entanto, a falta de recursos interrompeu o projeto por 13 anos, e a capacidade do estádio foi reduzida para 127 mil espectadores.
Inauguração e Expansão
O Pinheirão teve sua inauguração parcial em 15 de junho de 1985, com uma partida entre as seleções do Paraná e de Santa Catarina. O time visitante venceu por 3×1. No ano seguinte, a estrutura recebeu um sistema de iluminação moderno. Em 1989, um conselho de construção iniciou uma nova fase de expansão, com apoio de empresários. Essa colaboração possibilitou a adição do setor das sociais (segundo anel) e reduziu a capacidade do estádio para 54 mil pessoas, número que, oficialmente, nunca foi atingido.
Modernização e Eventos Esportivos
Entre 1996 e 1997, o Pinheirão adicionou uma pista de atletismo e transformou a área geral das arquibancadas em pista de ciclismo. Em uma ocasião, considerou-se o Pinheirão como uma possível sede de jogos da Copa do Mundo de 2014, mas a Arena da Baixada foi a escolhida.
Encerramento e Dívidas
A última partida no estádio ocorreu em 11 de março de 2007, quando o Cianorte venceu o J. Malucelli por 2 a 1, pelo Campeonato Paranaense. Logo após, em 30 de maio de 2007, a 18ª Vara Cível de Curitiba lacrou o estádio devido a dívidas acumuladas pela FPF. Somente a dívida com o INSS girava em torno de R$ 22 milhões, enquanto a com a Prefeitura de Curitiba, por IPTU não pago, ultrapassava R$ 8 milhões. Em setembro de 2007, o Governo Federal tentou leiloar o estádio, mas a FPF conseguiu anular o processo.
Tentativas de Venda e Destino Final
Em 2016, o time de futebol americano Coritiba Crocodiles demonstrou interesse em adquirir a área para construir o “Croco Stadium”, mas o projeto não avançou. Finalmente, em 28 de junho de 2012, o estádio foi leiloado novamente e o empresário João Destro, do setor atacadista, o adquiriu por R$ 57,5 milhões, encerrando definitivamente o vínculo com a Federação Paranaense de Futebol.
Novo projeto: Centro de Convenções
Após 17 anos sem uso, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta quarta-feira (23) a desapropriação do terreno onde está o Estádio do Pinheirão, em Curitiba. O local abrigará um novo Centro de Convenções, projetado para colocar o Paraná na rota dos grandes eventos internacionais.
“O Estádio do Pinheirão estava parado e subutilizado, então decidimos desapropriá-lo para criar o maior e mais moderno centro de eventos do Brasil. O projeto, desenvolvido pela Paraná Projetos, incluirá uma arena de eventos, um centro de exposições para até 25 mil pessoas e um complexo comercial, com setor hoteleiro, boulevard com restaurantes e academia,” destacou Ratinho Junior.
Revitalização e Turismo
Esse novo empreendimento é o primeiro passo de uma ampla revitalização planejada para a região, com o objetivo de impulsionar o turismo que cresce exponencialmente a cada ano. “Queremos que esse complexo se torne um grande atrativo para eventos, shows, encontros e exposições, trazendo mais turistas e gerando impacto positivo no comércio, nos restaurantes, hotéis e no setor de serviços, criando mais empregos para nossa população,” afirmou o governador.
Próximos Passos
Com a desapropriação e o projeto inicial concluídos, o próximo passo será o desenvolvimento do projeto de engenharia para a construção do complexo. O governo estuda as opções de realizar a obra por meio de uma concessão ou parceria público-privada, buscando a melhor alternativa para viabilizar o novo centro de convenções.
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